O neônio é um elemento químico do grupo 18 (gases nobres) que pertence ao segundo período da tabela periódica.
O neônio apresenta afinidade eletrônica igual a zero (ou ligeiramente negativa) e energia de ionização muito elevada. Em condições normais, apresenta pouca tendência a perder ou receber elétrons, por isso tem uma pequena tendência a formar ligações. O neônio ocorre na forma de átomos isolados. É um gás incolor e inodoro, e devido à sua baixa entalpia de vaporização, os pontos de fusão e de ebulição são muito baixos.
O neônio líquido aos poucos está encontrando aplicação comercial como um líquido criogênico econômico. Ele tem 40 vezes a capacidade refrigerante do hélio por unidade de volume. Poucos são os seus usos, no entanto, talvez ele seja o gás nobre mais popular. Ao se passar uma descarga elétrica num tubo contendo neônio a baixa pressão, ele emite uma luz laranja-avermelhada. Todos conhecem os letreiros luminosos, de diversas cores, conhecidos como “neons”. Entretanto, curiosamente, muitos desses letreiros luminosos não contêm o gás. O neônio é encontrado apenas nos luminosos de coloração laranja-avermelhada.
O neônio também é usado em lasers. O feixe de luz vermelha brilhante, altamente colimado, de um laser de gás hélio-neônio é bastante comum em laboratórios científicos, em indústrias e até mesmo nos leitores de códigos de barras dos caixas de supermercados e lojas. Esses lasers HeNe são fabricados em grande quantidade e a baixo custo; se forem utilizados apropriadamente, eles apresentam vida útil de milhares de horas. Apesar de lasers de diodos de estado sólido já fornecerem feixes de luz laser vermelha com intensidades comparáveis àquelas obtidas com lasers HeNe, prevê-se que no futuro os lasers HeNe permanecerão como um componente de instrumentação científica e técnica. Cem anos após sua descoberta, o neônio ainda não é produzido no Brasil.