A platina é um elemento químico do grupo 8 (metais de transição) que pertence ao sexto período da tabela periódica.
A platina é um metal raro e caro. É um metal nobre e muito reativo, usado como catalisador. O elemento é comumente encontrado na forma de Pt(+II) e Pt(+IV). Não forma composto iônico simples.
Aproximadamente um terço da produção de platina é usado na manufatura de jóias, um terço na indústria automobilística e um terço em aplicações industriais e financeiras. A platina tem sido usada em joalherias desde centenas de anos antes de Cristo. Os primeiros foram os egípcios e os povos primitivos do Peru e do Equador. Hoje em dia, ela é frequentemente usada na montagem de anéis de diamantes e outras jóias. Assemelha-se à prata e já foi denominada “ouro branco”. Atualmente, esse termo é usado para designar uma liga de Pd/Au, o que cria certa confusão.
Recentemente a platina começou a ser usada na fabricação dos “conversores catalíticos de três vias”, que são “catalisadores” presentes nos carros modernos. A função deles é reduzir a poluição causada pelos gases de escape. A peça principal do catalisador é a “colméia”, uma estrutura formada por pequenos tubos, com revestimento de paládio, platina e ródio. Através da colméia passam os gases de escape do motor, com temperatura de aproximadamente 300 ºC. Durante esse percurso, os metais nobres presentes na colméia (paládio, platina e ródio) convertem os hidrocarbonetos remanescentes, o monóxido de carbono e os óxidos de nitrogênio nos compostos CO2 e N2, que são inofensivos. Os catalisadores requerem uso de gasolina sem chumbo, pois o chumbo envenena o “catalisador”. Por esse motivo não pode ser utilizada gasolina contendo Pb(Et)4.
A platina é extensivamente empregada na química como catalisador. A platina é muito importante como catalisador na indústria petroquímica, na “reforma” de hidrocarbonetos. Pt/PtO é o catalisador de Adams para reduções. A platina já foi usada como catalisador no Processo de Contato de fabricação de H2SO4 (para converter SO2 em SO3). Atualmente, V2O5 é usado como catalisador, porque é mais barato e menos suscetível ao envenenamento. No passado, uma liga Pt/Rh foi usada na oxidação de NH3 a NO, no processo de Ostwald de fabricação de HNO3.
No laboratório, cadinhos de platina são às vezes utilizados. A platina também é empregada em equipamentos para o manuseio de HF. A platina pode ser soldada ao vidro de sódio para fazer conexões elétricas com esse material. Isso é importante na fabricação de eletrodos, válvulas termoiônicas, etc. O vidro de sódio e a platina têm quase o mesmo coeficiente de expansão, e ele não quebra ao esfriar.
Estado de oxidação
O elemento platina não forma íons hidratados. Tanto Pt(+II) como Pt(+IV) são importantes, mas não formam compostos iônicos simples.
Propriedades gerais
A platina se apresenta como um metal cinza esbranquiçado. Em sua forma maciça ela é inerte, não perde e o brilho e não reage com o ar ou com a água à temperatura ambiente.
A platina é mais “nobre” (menos reativa) que o níquel, mas é mais reativa que os demais elementos do grupo. É mais resistente frente a ácidos, mas se dissolve em água-régia, formando ácido cloroplatínico, H2[PtCl6].
Reage rapidamente com óxidos e peróxidos fundidos de metais alcalinos, por exemplo Na2O2 e Na2O. Embora seja menos reativa, quando aquecida ao rubro a platina reage com F2, Cl2 e O2.