O tório é um elemento químico do grupo 3 (metais de transição) que pertence ao sétimo período da tabela periódica.
O tório é um actinídeo raro. Sua principal fonte é a areia monazítica, na qual ele ocorre em quantidades de até 10%, como fosfato misturado aos fosfatos dos lantanídeos. O tório também é encontrado na uranotorita (um silicato misto de tório e urânio), nos minérios de Sudbury (Canadá).
São produzidas anualmente cerca de 500 toneladas de compostos de tório. Suas principais aplicações industriais são duas:
- É usado na produção de “camisas” para lâmpadas incandescentes a gás, pois quando dióxido de tório contendo 1% de cério é aquecido numa chama de gás, ele emite uma luz branca brilhante. Esse tipo de lâmpada foi por muito tempo o principal meio de iluminação artificial. Embora esse tipo de iluminação tenha sido substituído pelas lâmpadas elétricas incandescentes e fluorescentes (exceto em lâmpadas portáteis), hoje em dia metade da produção de tório ainda é utilizada na fabricação dessas camisas.
- O tório natural é composto unicamente por 232Th. Esse isótopo não é físsil, mas quando irradiado na parte externa de um reator nuclear transforma-se em 233U.
Tal isótopo do urânio é artificial e tem uma meia-vida de 1,6×105 anos. Esse nuclídeo é físsil. Como o reator produz mais combustível nuclear do que consome, a reação representada acima é a base dos “reatores regeneradores“.