Gadolínio (Gd)

Vidro contendo gadolínio metálicoO gadolínio é um elemento químico do grupo 3 (metais de transição) que pertence ao sexto período da tabela periódica.

O gadolínio faz parte da série dos lantanídeos, e sua descoberta é atribuída ao químico suíço Marignac. Em 1880, ele isolou o elemento a partir de uma mistura chamada ítria, que tinha sido obtida por Mosander. Porém, quase simultaneamente, Boisbaudran isolou o gadolínio a partir da didímia, uma mistura de várias terras raras, e que já havia desempenhado um papel bastante importante na descoberta do cério e do lantânio. O elemento recebeu o nome de gadolínio em homenagem ao químico sueco Johan Gadolin.

Trata-se de um metal com aspecto semelhante ao aço, muito ativo quimicamente. Reage fortemente com diversos ácidos diluídos, dando origem a nitratos, cloretos, etc.

O elemento obtém aplicações significativas, no entanto, por sua escassez e elevado custo, tende a ser substituído por outros lantanídeos. Os cristais de gadolínio são usados em microondas. Compostos de gadolínio são utilizados para produção de fosfório, que funciona como ativador de cor em tubos de TV colorido. Soluções de compostos de gadolínio são usadas como contrastes intravenosos para realçar imagens em ressonância magnética. O elemento também é usado na manufatura de CDs e memórias de computadores e como componente de materiais para a fabricação de telescópios a lasers.

O gadolínio é um elemento artificial, mas ocorre em diversos minerais como monazita e a bastnasita, que são óxidos. Atualmente, é obtido por meio de técnicas como troca iônica, extração por solvente ou redução de seu fluoreto anidro com cálcio metálico.

Ação biológica do gadolínio

O gadolínio é uma substância utilizada como contraste em exames radiológicos como a ressonância magnética. Até pouco tempo, os radiologistas usavam o gadolínio em pacientes com insuficiência renal, certos de ser uma opção segura para o estudo desses pacientes. No entanto, o alerta da FAD (Administração de Alimentos e Medicamentos, na sigla em inglês), em junho de 2006, sobre a fibrose nefrogênica sistêmica (FNS) obrigaram os médicos a reverem essa prática. A FNS é uma doença sem tratamento ou prevenção efetiva, que ocorre apenas em pacientes com disfunção renal, ocasionando lesões na pele. A síndrome desfigura e debilita a pessoa em razão da fibrose e das contrações dos músculos e articulações que causa, podendo levar à imobilidade.